Cavernas e a Proteção do Patrimônio Espeleológico Brasileiro: Mudança de Paradigma diante dos Fatores de Ameaça


Autoria  Jaqueline Lourenço Rodrigues Lopes de Carvalho
Data de publicação  4/1/2012
Idioma  Português
Editor  Unisal
Coleção  Teses e Dissertações

O presente trabalho aborda as cavernas e sua proteção jurídica sob a óptica transdisciplinar, primeiramente propondo uma mudança de paradigmas e de valores, ressaltando a importância do pensamento complexo, que une todos os aspectos da realidade e, ao mesmo tempo, sugere a solidariedade e a ética como caminhos para a religação dos seres e dos saberes. A epistemologia transdisciplinar, ancorada em um pensamento complexo, aparece como tônica da pesquisa, e nos convida ir além das fronteiras disciplinares/inter/multi para que se possa compreender melhor como é possível penetrar, mediante nossas ações, reflexões e percepções, na zona de não resistência, que é a zona do poético e do sagrado, necessária para que o sujeito transdisciplinar possa perceber-se habitando outro nível de realidade que permita, não só a reconexão consigo mesmo, mas igualmente com o outro, com a natureza e com o sagrado. Visando ressaltar a importância das cavernas como patrimônio natural e cultural para a sua proteção jurídica pelo Direito Ambiental, enquanto disciplina naturalmente vocacionada à transdiciplinaridade, recorre-se ao conhecimento científico, nas áreas da bio, geo, arqueo e paleontoespeleologia, ressaltando toda a multiplicidade desse bem ambiental. Adota-se, para tanto, a posição de um antropocentrismo alargado, correspondente a um novo paradigma de proteção ambiental, no sentido de reconhecer o valor de per si das cavernas, devendo ser protegidas pelo simples fato de existirem, independentemente de qualquer utilidade pelo homem, sustentada, portanto, esta posição, na ética da alteridade e de forma a se promover a eqüidade intergeracional, em consonância com a nossa Carta Magna, em seu artigo 225, caput, assim como o artigo 3º, I, da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente.

Este trabajo trata de las cavernas y su protección jurídica bajo la óptica transdisciplinar,en primer lugar proponiendo un cambio de paradigmas y de valores, señalando laimportancia del pensamiento complejo, que une todos los aspectos de la realidad y, almismo tiempo, sugiere la solidaridad y la ética como caminos para la reconexión de losseres y de los saberes. La epistemología transdisciplinar, basada en un pensamientocomplejo, surge como tónica de la investigación, y nos invita a ir más allá de lasfronteras disciplinares/inter/multi para que se pueda comprender mejor cómo es posiblepenetrar, mediante nuestras acciones, reflexiones y percepciones, en la zona de noresistencia, que es la zona de lo poético y de lo sagrado, necesaria para que el sujetotransdisciplinar pueda notarse habitando otro nivel de realidad que le permita, no sólo lareconexión consigo mismo, pero también igualmente con el otro, con la naturaleza ycon lo sagrado. Pretendiendo señalar la importancia de las cavernas como patrimonionatural y cultural para su protección jurídica por el Derecho Ambiental, como disciplinacon vocación natural a la transdisciplinaridad, acudimos al conocimiento científico, enlas areas de bio, geo, arqueo y paleontoespeleología, resaltando toda la multiplicidad deese bien ambiental. Adoptamos, para tal, la posición de un antropocentrismo dilatado,correspondiente a un nuevo paradigma de protección ambiental, con el objetivo dereconocer el valor per si de las cavernas, que deben ser protegidas por el simple hechode existir, independientemente de cualquier utilidad para el hombre, sustentada, por lotanto, esta posición, en la ética de la alteridad, con tal de promover la equidadintergeneracional, en consonancia con nuestra Carta Magna, en su artículo 225,caput ,así como con el artículo 3º, I, de la Ley de la Política Nacional del Medio Ambiente.