Contributions to the terrestrial isopods (Crustacea, Isopoda, Oniscidea) from Brazilian caves


Autoria

  • Ivanklin Soares Campos-Filho
  • Camile Sorbo Fernandes
  • Maria Elina Bichuette
  • José Otávio Aguiar
  • Stefano Taiti
Data de publicação  26/9/2018
Idioma  Inglês
Editor  ARPHA Conference Abstracts
Coleção  Artigos
DOI  10.3897/aca.1.e30040

Os isópodes terrestres (Oniscidea) compreendem mais de 3.700 espécies distribuídas em quase todos os tipos de habitats terrestres, incluindo cavernas. Cerca de 300 espécies troglobióticas são conhecidas, principalmente no hemisfério norte. Na América do Sul, o Brasil tem o maior número de cavernas registradas, cerca de 15.000 (7% do total estimado, ca. 100.000). Atualmente, são conhecidas 37 espécies de isópodes terrestres em cavernas brasileiras, 15 das quais são considerados troglobióticos. Uma grande coleção de isópodes terrestres de cavernas dos estados brasileiros do Pará, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná foi examinada. Cinquenta e três espécies são reconhecidas nas famílias Styloniscidae (3 gêneros, 4 espécies), Rhyscotidae (1 gênero, 1 espécie), Philosciidae (6 gêneros, 11 espécies), Scleropactidae (3 gêneros, 4 espécies), Platyarthridae (2 gêneros, 14 espécies), Dubioniscidae (2 gêneros, 12 espécies), Armadillidae (4 gêneros, 5 espécies), Porcellionidae (1 gênero, 1 espécie) e Armadillidiidae (1 gênero, 1 espécie). Oito espécies podem ser consideradas troglobióticas nos gêneros Xangoniscus (2 spp.) (Styloniscidae), Alboscia (1 spp.), Atlantoscia (1 spp.) E Benthana(1 spp.) (Philosciidae), Amazoniscus (1 spp.) E Microsphaeroniscus (1 spp.) (Scleropactidae), e um novo gênero com duas novas espécies de Platyarthridae. Uma segunda espécie do gênero Pectenoniscus (Styloniscidae), um novo gênero de Armadillidae espinhoso com duas novas espécies é descrito, o congênere Venezillo pouco conhecido é re-descrito, e muitas espécies têm suas distribuições registradas estendidas. O número total de espécies que vivem em cavernas no Brasil ainda está longe de ser concluído. É muito importante aumentar as pesquisas sobre a biodiversidade cavernícola ameaçada por ações antrópicas (por exemplo, monoculturas e mineração) e definir estratégias de conservação de acordo com a legislação vigente.

Terrestrial isopods (Oniscidea) comprise more than 3,700 species distributed in almost all types of the terrestrial habitats, including caves. About 300 troglobiotic species are known, mostly in the northern hemisphere. In South America, Brazil has the highest number of recorded caves, approximately 15,000 (7% of the total estimated, ca. 100,000). Currently, 37 species of terrestrial isopods are known from Brazilian caves, 15 of which  are considered troglobiotic. A large collection of terrestrial isopods from caves of the Brazilian states of Pará, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, and Paraná has been examined. Fifty-three species are recognized in the families Styloniscidae (3 genera, 4 species), Rhyscotidae (1 genus, 1 species), Philosciidae (6 genera, 11 species), Scleropactidae (3 genera, 4 species), Platyarthridae (2 genera, 14 species), Dubioniscidae (2 genera, 12 species), Armadillidae (4 genera, 5 species), Porcellionidae (1 genus, 1 species), and Armadillidiidae (1 genus, 1 species). Eight species can be considered troglobiotic in the genera Xangoniscus (2 spp.) (Styloniscidae), Alboscia (1 spp.), Atlantoscia (1 spp.) and Benthana (1 spp.) (Philosciidae), Amazoniscus (1 spp.) and Microsphaeroniscus (1 spp.) (Scleropactidae), and one new genus with two new species of Platyarthridae. A second species of the genus Pectenoniscus (Styloniscidae), a new genus of a spiny Armadillidae with two new species are described, the poorly known Venezillo congener is re-described, and many species have their recorded distributions extended. The total number of cave-dwelling species in Brazil is still far to be complete. It is very important to increase research on cave biodiversity which is threatened by anthropic actions (e.g., monocultures and mining), and to define conservation strategies according to the current legislation.